Nuances gastronômicas

Opinião - Arthur Coelho

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Natal passou, no último mês, por um momento bastante interessante e cheio de nuances, que ficará na memória dos que aqui estiveram, sejam para assistir aos jogos de suas seleções na bela Arena das Dunas, e também os que vieram para desfrutar de férias antecipadas em função da movimentação do futebol.

 
Dos grandes restaurantes aos pequenos quiosques de praia, o que se viu foi uma profusão de comensais ávidos por todas as autênticas comidas nordestinas, especialmente a potiguar, com o seu famoso e lendário “camarão”, já nem tão acessível assim para todos os mortais, afinal de contas esse detalhe financeiro também foi fato registrado nesses dias de tantos visitantes.
 
Todos estavam felizes, apesar de pequenos transtornos da própria situação em si, dos fatos ocorridos na cidade e de certa forma recorrentes (greves, chuvas, dificuldades de acesso e trânsito caótico), mas nada que ofuscasse tão gravemente a estada de sorridentes croatas, americanos, mexicanos, italianos, uruguaios, gregos, japoneses e sua disciplina nipônica e também os simpáticos camaroneses, todos cheios de histórias civilizatórias, mas também com suas histórias gastronômicas, que influenciaram de certa forma a gastronomia brasileira, com suas colonizações, suas transferências de culturas e história de seus povos.
 
Mesmo com todo esse caldeirão gastronômico fervente, tive a oportunidade de conferir que o comércio local estava feliz, os bares, as churrascarias, os shoppings, todos puderam experimentam a visita desses povos, suas trupes festivas e ávidos por conhecerem a gastronomia potiguar.
 
Natal entrou, pois, definitivamente para o cenário nacional gastronômico, com a participação de entidades de classe, como a ABRASEL, ABAV, ABIH, o empresariado comprometido em receber suas melhores notas da COVISA/ANVISA, as escolas de formação profissional e de qualificação da mão de obra produtiva e os governos, dentro das suas limitações, estiveram presentes nesses momentos históricos da nossa cidade.
 
Esperamos e torcemos para que o “tal legado da copa” seja perene, coerente, consistente, persistente, insistente e que não caia por terra logo após a poeira baixar!
 
É certo que todos os munícipes, naturais ou não da cidade, percebam essa herança de forma contínua e com esse grau de comprometimento que foi dado à copa e que assim as nuances gastronômicas vividas nos momentos de glória futebolística, não fiquem apenas nos álbuns de figuras e nas memórias, mas sim no cotidiano de todos os que aqui chegam e aqui escolham para viver os seus melhores dias.